Aspectos éticos das tecnologias emergentes

Nas últimas quatro décadas a tecnologia alterou fundamentalmente nossas vidas, desde a forma como trabalhamos, como nos comunicamos, como tratamos doenças e até mesmo como lutamos nossas guerras.
Uma série de tecnologias emergentes estarão cada vez mais presente em nossas vidas. Várias delas não são inovações recentes e já estão entre nós há alguns anos, porém só agora começam a se tornar economicamente viáveis e começarão a fazer parte do nosso dia a dia, levando a uma nova discussão ética que vai desde o direito ao acesso quanto a outras questões mais complexas que envolvem aspectos regulatórios.
No último Fórum Econômico Mundial, realizado em março deste ano, foi apresentado ás 10 tecnologias emergentes de 2015 que provocarão debates intensos ao longo dos próximos anos. Entre elas uma nova geração de robôs e avanços nas aplicações de inteligência artificial (AI). Essas máquinas ao invés de realizarem comandos repetitivos e pré-programados, como já aplicado em larga escala na indústria automotiva, poderão aprender novas habilidades, se comunicar e realizar atividades como as de cérebro humano. 
Irão essas máquinas substituir ainda mais empregos? Qual o risco para a nossa segurança? O nosso melhor amigo será um robô? Como sociedades que ainda não tem acesso a itens básicos como alimentação e água potável se beneficiarão? São algumas questões para refletirmos.
Outra área que promete provocar controvérsia são os avanços na Engenharia GenéticaEstão surgindo novas técnicas que nos permitem diretamente "editar" o código genético de plantas para torná-los , por exemplo, mais nutritivas ou capazes de lidar com as mudanças climáticas.Haverão impactos para a nossa sáude o consumo deste organismos modificados?
Também já está entre nós as técnicas da manufaturação aditiva ou do inglês “Additive Manufacturing”.  No processo de manufatura tradicional retiramos elementos de um pedaço maior de material (madeira, metal, pedra, etc.) moldando na forma desejada. Já o processo Aditivo de manufatura, inicia-se com material solto, quer líquido ou em pó, em seguida, constrói-se numa forma tridimensionalutilizando um modelo digital de, uma camada de cada vez.Este processo pode ser rapidamento customizado para que um usuário final produza seus próprios intens de consumo pessoal, utilizando impressoras 3-D.  
Em outras áreas às técnicas de impressão 4 -D prometem trazer uma nova geração de produtos que podem alterar-se em resposta a mudanças ambientais, como temperatura e umidade. Isto poderia ser útil na criação, por exemplo, de roupas ou calçadosinteligentes, assim como em produtos de cuidados de saúde, tais como implantes de partes do corpo humano.
Fica a questão, quem se beneficiará de todas essas novas tecnologias? Estarão elas disponíveis para todos ou serão objeto de dominação de poucos?
Todas essas inovações são bem vindas, mas precisam estar alinhadas a nossa evolução moral, e ao modo como iremos aplica-las sem prejuizo ao nosso semelhante. O objetivo primordial deve ser a contribuição para melhorar a vida no planeta e não apenas para beneficar algumas poucas pessoas detentoras de poder político ou econômico. 
As questões e desafios que elas trarão serão facimente aboradas no momento que pensarmos de forma coletiva, livres de ideias pré concebidas. Afinal, nossa meta é a evolução constante.





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