Veículos autônomos: O seu próximo carro poderá não ter motorista.
Detroit
ou Las Vegas? Afinal qual será a principal feira da indústria automobilística
nos próximos anos? A recente CES – Consumer
Electronics Shows, que iniciou no último dia 5 de janeiro de 2016, em Las Vegas, trouxe uma participação crescente dos automóveis e
muitos analistas já consideram um evento mais importante que o Salão do Automóvel
de Detroit, que ocorre no fim de janeiro.
Mary
Barra, presidente da GM, apresentou em Las Vegas, a nova versão do Elétrico
Bolt. A GM anunciou ainda um investimento de US$ 500 milhões no Lyft, serviço
de compartilhamento de automóveis. Além disso, foram anunciadas parcerias entre
Ford e Amazon para conectar os seus carros a casas inteligentes, mostrando o
avanço já previsto da IoT – Internet of Things. Já a Toyota anunciou que adotará a tecnologia embutida no
automóvel da Ford, que compete com o CarPlay da Apple, e o Android Auto, do
Google, para acessar aplicativos de smartphones
e outros recursos.
Outras
parcerias entre empresas de software e os fabricantes de automóveis foram
anunciados recentemente como a feita pela BMW e Audi, que adquiriram em
sociedade o serviço de mapas Here, que era da Nokia.
Mas
a grande revolução ainda está em fase de desenvolvimento. Os carros autônomos,
que irão operar sem a necessidade de motoristas e introduzirão uma nova
modalidade, os serviços de compartilhamento. O Google promete o seu veículo autônomo para 2018, mas
analistas da The Economist, acreditam que a consolidação só virá em 2030. Além
das questões técnicas, que ainda desafiam os engenheiros, como não confundir o
reflexo de uma poça de água com um objeto perigoso ou um transeunte nas calçadas
com alguém atravessando a rua, existem aspectos legais e éticos a serem superados. Em caso de um acidente quem será o responsável, o fornecedor da tecnologia ou
proprietário? Questões como essa Irão mudar leis de transito e Irão impactar
nas apólices de seguro, por exemplo.
O
fato é que estamos vendo o nascimento de uma nova indústria que certamente
mudará comportamentos. Se aplicativos como o Uber já causam polemica, imaginem quando empresas puderem
oferecer o serviço de transporte sem a necessidade de um condutor.
Muitos
amantes dos carros também pensarão duas vezes em imobilizar seu capital em um
carro que perde valor logo que sai da concessionária se puder usar serviços de
compartilhamento.
O
banco Barclays prevê que os veículos que dispensarão totalmente o motorista farão
com que a família americana media reduza número de carros de 2,1 veículos, atualmente, para 1,2
até 2040. Um único veículo poderá deixar o chefe da família no escritório e em
horário alternativo retornar para casa e levar os filhos para a escola. Isso irá
reduzir a poluição e os congestionamentos que enfrentamos atualmente.
A
tendência dos veículos inteligentes e autônomos já se apresenta como uma
certeza irreversível. A grande questão agora é quem irá dominar o setor. Os
carros do futuro conservarão os atuais logos como Ford, GM, Toyota, Citroen ou
trarão as marcas do Google, Apple e Amazon?
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