Interoperabilidade o grande desafio para expansão do IoT e das Smart Cities

O  termo Internet das Coisas - do inglês IoT (Internet of Things), vem ganhando o interesse da grande mídia, principalmente pelo potencial de melhorar a vida nas grandes cidades. No entanto, algumas barreiras tecnológicas ainda precisam ser superadas para uma adoção mais ampla.

Atualmente apenas 1% das coisas está conectada a internet. Vide o artigo:O poder transformador da IoT.

São câmeras de vídeo para monitorar o trânsito ou a movimentação de pessoas nos magazines, celulares e relógios inteligentes que controlam a nossa pulsação sanguínea, turbinas de aviões e até tratores e colheitadeiras. Todos estes dispositivos estão produzindo e capturando dados que depois de analisados por ferramentas de Big Data, auxiliam na tomada de decisão em tempo real.

O Instituto Gartner estima que nos próximos 4 anos atingiremos entre 25 e 26 bilhões de dispositivos conectados no mundo. No entanto, estes sensores ainda operam na sua maioria de forma isolada. Se olharmos os principais fornecedores de IoT, como IBM, Microsoft , Google e Apple, veremos que eles ainda estão no modelo tradicional, voltados para tecnologias próprias. O grande limitador é a ausência de protocolos de interoperabilidade.

Este fato tem limitado o surgimento de desenvolvedores autónomos como o que se verificou no mercado dos Apps.  No entanto, isto tende a se modificar rapidamente. A indústria já está se movimentando e os fornecedores de IoT terão que estabelecer uma normatização que permita algum grau de comunicação entre si. Isto permitirá o surgimento de um grande numero de aplicações revolucionárias.

Uma das aplicações mais esperadas está na melhora da mobilidade urbana nos grandes centros e metrópoles. O tempo médio para deslocamento em nove regiões metropolitanas no Brasil é de 82 minutos, que, convertidos em horas de trabalho, representariam cerca de R$ 300 bilhões/ano, ou 7,3% do PIB brasileiro, segundo o Instituto Akatu.

O uso de visualização georreferenciada do tráfego urbano em tempo real para facilitar a decisão da pessoa de ir, trocar de caminho, além de tornar mais eficiente a distribuição e gestão de recursos de infra-estrutura, serviços, segurança pública, planejamento imobiliário e urbano em geral. 

Dispositivos interconectados poderão gerar a redução do consumo de energia melhorando o meio ambiente e a qualidade do ar que respiramos.


O grande valor que o IoT pode trazer para melhorar nossas vidas e gerar novos negócios para uma nova indústria derivada desta tecnologia, virá quando pudermos integrar todo este ambiente de dispositivos conectados, criando soluções de rápida implementação.

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