O impacto das novas tecnologias na economia compartilhada


As novas tecnologias digitais e o avanços dos smartphones estão finalmente possibilitando o surgimento de um novo modelo econômico muito mais sustentável, a chamada economia de compartilhamento, onde ao invés de comprar um determinado produto ou serviço, podemos simplesmente compartilhar (alugar ou pegar emprestado) por um determinado período de tempo.

É uma relação em que consumidor e fornecedor se confundem e que nem sempre se baseia em lucro para o fornecedor.

No entanto, enquanto boa parte da mídia fez grande alarde sobre novas empresas que surgiram oferecendo a possibilidade de se compartilhar de tudo um pouco a verdade é que o modelo ainda passa por um processo de amadurecimento e boa parte das empresas criadas recentemente teve curta duração.

O público não se sentiu motivado, por exemplo, a emprestar uma furadeira, que se usa em media por 12 minutos no ano, uma das grandes apostas das soluções de compartilhamento. O fato é que uma pessoa que mora em New York  pode comprar o equipamento na Amazon por cerca de $30,00 e receber o produto no mesmo dia. Em um site de compartilhamento o custo sairia por $15,00 e alem de ter que procurar alguém disponível a “emprestar” na vizinhança, seria necessário se preocupar com a devolução.

Entretanto, em alguns segmentos o modelo parece estar funcionando muito bem. Imaginemos que você necessite ir ao litoral. Ao invés de ficar em um hotel, você decide alugar um quarto no apartamento do Marcio. Para se deslocar, você pega o carro do João. Em casa, a Nice toma conta do seu cachorro. Detalhe: você nunca os viu antes. Sim, isso já acontece. Tudo se baseia na reputação e na rede de recomendações que surge na internet e se fortalece fora dela.

Você talvez já tenha ouvido falar no Airbnb. O serviço de compartilhamento de quartos ou apartamentos para viajantes é um dos exemplos mais marcantes deste novo modelo econômico.

Na Alemanha a BMW oferece um programa de compartilhamento de carros chamado DriveNow que veio concorrer com Car2Go da Mercedes. Mas a grande revolução no compartilhamento de autos virá com o surgimento dos veículos autônomos que permitirão que um único carro da família leve os adultos para o trabalho e busque as crianças na escola em horários alternativos. 

Os serviços “on demand” como o Uber de compartilhamento de motoristas ou o Netflix ou a HBO GO são outros exemplos de sucesso da nova economia.


Estamos falando em um novo mundo onde não teremos a necessidade de possuir tantos objetos ou de nos deslocar com tanta freqüência para adquirir produtos e serviços, reduzindo as emissões de gases na nossa atmosfera e o caótico transito em grandes cidades, apenas para citar dois ganhos imediatos.Nos próximos anos deveremos assistir ao surgimento de um grande numero de empresas que terão como base a “sharing economy”.

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